Uncategorized

Aemaeth… Maeth (Part I)

Aemaeth… Maeth (Part I)
Uma noite como qualquer outra.
Para variar deixo-me ser arrastado pelas ruas de Lisboa até um bar que conheço já demasiado bem. Dizem-me que é noite de caça, que querem curtir com uma gaja qualquer.
Não me interessa. Estou velho para caçar sangue sem interesse. Já não existe sangue capaz de fazer pulsar o meu. Risos, sim risos. Isso só pode ser falta de álcool, falta de vontade. Digo que não e ainda assim vou ao balcão buscar qualquer coisa. No caminho um aroma que paira no ar distrai-me por breves segundos antes de desvanecer. Estaco, olho em volta mas os sentidos não me querem ajudar, é como se todo o ar estivesse impregnado deste doce aroma, algo indefinível que há muito procuro. À medida que me volto a dirigir ao balcão milhares de coisas não me saem da cabeça. Encosto-me ao balcão e peço. Veneno. Responde-me uma voz que faz com que a minha pele se arrepie de imediato. Só se for veneno dos ratos. Puxo do meu sorriso mais escondido e respondo. E porque não se também sou um rato. Um esgar de malevolência percorre-lhe o rosto e afasta-se. Vejo-a de costas para mim a misturar líquidos para os quais nem tenho nome. Com todo o tempo do mundo os meus olhos percorrem-lhe as curvas definidas pelas calças de ganga apertadas, as botas de salto alto que lhe moldam o rabo em curvas muito, muito perigosas, o top branco quase transparente nas costas, a gargantilha branca de cetim, o cabelo curto que cai por cima dos ombros de uma maneira naturalmente sensual. As costas… de um lado um branco imaculado, uma perfeição marmórea, do outro o negro de uma tatuagem que diviso vagamente através do tecido translúcido. Uma estrutura familiar. Penas. Uma asa. Uma única asa negra do lado esquerdo. As possibilidades de tal tatuagem fazem-me delirar em pensamentos, um Anjo caído que por esta noite se baldou ao céu para me entreter os instintos, quem terá a outra asa?
Novamente ela se vira para mim. A bebida que segura tem um aspecto quase macabro, sanguíneo, tal como os lábios dela. As mãos como que dançam à minha frente e eu enfeitiçado sigo-as. Enquanto uma deixa que a macabra mistura cai-a à minha frente a outra tira uma palhinha de entre outras e sem pudor faz com que ela deslize pela frente das calças tocando só ela sabe onde. Isso é veneno pergunto. Ela inclina-se sobre o balcão, os lábios que oferecem mil promessas bem perto, mas vai mais longe e com um respirar quente sussurra-me ao ouvido que confie nela. O corpo retrocede no espaço e ao roçar no meu deixa-me impregnado do cheiro que mais cedo tinha sentido no ar. Ela fica de frente para mim, a cabeça baixa deixa-me apenas antever os olhos e o sorriso por entre o cabelo caído. A mão esquerda desliza sobre a perna acima até à palhinha que ela vagarosamente retira e põe no meu copo para depois se afastar como se nada se tivesse passado.
Um sonho, só pode. Por momentos julgo que tive uma alucinação ou que adormeci em pé. Até sentir o peso do copo na mão direita. Abano a cabeça na tentativa de afastar de mim a memória e sigo de volta ao grupo. À medida que as conversas vazias se multiplicam uma imagem vai-se lentamente multiplicando em mim; agarrar nela encostá-la ao balcão e comê-la mesmo ali. Lentamente, o desejo começa a insinuar-se pelo meu corpo e julgo que o facto de estar a sentir novamente aquele doce aroma é apenas um truque que a memória me prega.
Ao desviar a cabeça para exalar o fumo do cigarro vejo-a de novo. Mas já não é ela. Um corpete de vinil negro com atilhos vermelhos, uma saia de veludo bordeaux, os lábios negros. Mas o cabelo igual, o mesmo agitar tão natural, o mesmo sorriso, o olhar superior e um copo tingido com a mesma cor demoníaca. Por entre os corpos que se movem lentamente e se arrastam o dela contrasta como se cada movimento fosse calculado ao expoente máximo da perfeição para me fazer perder a razão de uma vez por todas. Inevitavelmente atraído e preso como mosca numa teia, aproximo-me dela. Ainda bem que confiei em ti, sussurro-lhe ao ouvido. E sorrio. E ela sorri também. Algo me faz vacilar, algo está diferente. Um sorriso tímido.
Sim, o sorriso não é o mesmo. Uma vaga ideia assalta-me o espírito. Uma dúvida cresce em mim. Poderá ser? O outro lado do espelho? Quando lhe pergunto se posso ver-lhe as costas ela vira-se de imediato e levanta o cabelo deixando o pescoço desprotegido. A mesma estrutura. As mesmas penas. A mesma asa. Mas tatuada no lado direito. Solto um audível como é possível e responde-me uma voz tão igual à que antes me deixou arrepiado. Irmãs. Gémeas.
Levo alguns segundos a refazer-me do choque mas logo de seguida sorrio também, de uma forma maquiavélica, malévola, como se todo o meu sangue só se contentasse em agarrar nela e possuí-la até a deixar sem fôlego e inerte. Parece que não preciso de palavras. Embora não lhe veja o rosto oculto pelo cabelo o corpo que cada vez mais se comprime contra o meu dá-me todas as respostas de que preciso. No meio do bar dançamos como cobras entrelaçadas, como animais no cio. Agarro-lhe na face e sem lhe dar hipótese de reagir beijo-a, com força, quase de forma violenta até a deixar a pedir por ar. Repito a graça antes que ela tenha tempo de se refazer mas desta vez não me descolo dela, deixo-me ficar com o lábio inferior dela entre os meus dentes. Sempre de olhos abertos vejo que ela luta contra os instintos, vejo-a quebrar lentamente sob as minhas mãos. E espero.
O tempo que passa não sei quantificar mas tão depressa como começou ela abre os olhos e deslizando a sua mão por debaixo da minha camisa marca-me as costas de baixo a cima. A mão detém-se entre as minhas omoplatas e finca as unhas (garras?) com força ao mesmo tempo que me puxa para ela e me beija como a beijei antes.
Por entre as luzes difusas dois corpos que se tocam passam despercebidos e nessa aparente escuridão sensorial deixamos que as nossas mãos percorram mais do que habitualmente fariam. Enquanto ela me aperta o cu eu subo-lhe a saia e procuro o segredo de todo o fogo. Consigo sentir a renda delicada ao tocar-lhe levemente sobre os lábios vaginais, consigo sentir toda a excitação que também a domina, os líquidos doces que correm dela e me deixam ainda mais excitado. A mão direita dela acaricia-me o pénis sobre as calças e enquanto ela o faz eu desvio um pouco a renda delicada e toco a carne molhada, forçando um dedo mais atrevido a penetrá-la. Ela suspira e eu bebo-lhe esse suspiro. Retiro o dedo e trago-o à minha boca na pressa de sentir o sabor da sua excitação. Puxo a boca dela para mim com o meu dedo pelo meio e ela agarra esse mesmo dedo com a boca como se o quisesse devorar. Deixo-a chupar-me o dedo durante algum tempo e depois arranco-o à força e beijo-a. Quando separo os meus lábios dos dela ela olha para mim como uma criança a quem tiraram o brinquedo preferido. As suas mãos continuam a brincar no meu tronco até acharem o piercing no mamilo que ela puxa e torce como se quisesse ver até onde aguento.
A boca chega-me ao ouvido e mordisca-me a orelha, depois deixa apenas o ar quente da sua respiração soar-me ao ouvido. Num reflexo baixo a cabeça em direcção ao pescoço dela e cravo os dentes ao mesmo tempo que a minha língua lhe saboreia a pele. Quando acho que já mordi fundo o suficiente para a deixar marcada levanto de novo a cabeça como cão saciado depois de devorar a presa. Ela puxa-me para si e sussurra-me que espere, que já volta.
Pouco depois aparece e arrasta-me atrás de si em direcção ao fundo do bar, a uma porta que mal é visível no ambiente de escuridão e fumo. Com a mão livre destranca a porta com uma chave que parece conjurada do nada e logo me puxa para dentro trancando a porta atrás de mim. Tens a certeza, pergunto. Olha que podes querer fugir. Não me responde. Em vez disso vai recuando e chamando-me para ela…

Bir yanıt yazın

E-posta adresiniz yayınlanmayacak. Gerekli alanlar * ile işaretlenmişlerdir

izmir escort izmir escort izmir escort çapa escort şişli escort sex hikayeleri kocaeli escort kocaeli escort yenibosna escort taksim escort mecidiyeköy escort şişli escort bakırköy escort görükle escort bayan porno izle görükle escort bayan bursa anal yapan escort bursa escort bursa escort bursa escort bursa escort şişli escort sex izle brazzers rokettube Anadolu Yakası Escort Kartal escort Kurtköy escort Maltepe escort Pendik escort Kartal escort istanbul travesti istanbul travesti istanbul travesti ankara travesti Moda Melanj Casibom porno porno kuşadası escort bayan eryaman escort keçiören escort etimesgut escort beylikdüzü escort escort escort escort travestileri travestileri Escort escort Antalya Escort Alanya Escort Antalya Merkez Escort Antalya Otele Gelen Escort Antalya Rus Escort Belek Escort Fethiye Escort Kemer Escort Kepez Escort Konyaaltı Escort Antalya escort Escort bayan Escort bayan bahisu.com girisbahis.com antalya rus escort etlik escort etimesgut escort Escort ankara Ankara escort bayan Ankara rus escort Eryaman escort bayan Etlik escort bayan Ankara escort bayan Escort sincan Escort çankaya otele gelen escort mecidiyeköy escort bahçeşehir escort hurilerim.com film izle mersin escort bursa escort bayan görükle escort bursa escort bursa merkez escort bayan gaziantep escort antep escort